Metade da população mundial – e três quartos dos europeus – vive em cidades. Desenvolver espaços urbanos de maneira mais resiliente e sustentável tem, portanto, um impacto positivo na sociedade como um todo, mas também oferece uma grande área de oportunidade para o progresso em escala global quando se trata de perseguir metas de balanço líquido zero em particular.
Passo 1: Definir a visão do “Quadro Geral” de Net Zero
Nesse primeiro passo, inclui como estabelecer uma visão de balanço líquido zero para realmente compreender onde a cidade gostaria de estar em termos de emissões até, digamos, 2050. É aqui que obtém-se uma ideia muito clara em relação ao nível de ambição da cidade. É essencial analisar a geografia local e a situação socioeconômica mais ampla. Isso afeta diretamente os tipos de ações que a cidade adotará. É recomendado que as partes interessadas também explorem a estrutura atual de gestão da cidade para compreender como a cidade opera de maneira mais ampla.
Passo 2: Explorar os Dados
A segunda etapa de uma estratégia é o desenvolvimento do inventário de emissões de gases de efeito estufa, onde trabalha-se com a cidade para coletar dados sobre suas emissões de gases de efeito estufa em termos dos tipos existentes, suas fontes e suas quantidades. Isso é útil porque ajuda a compreender o foco setorial. “Onde estão os pontos quentes de emissões? De onde vêm as emissões? Do transporte? Da energia? Das construções?”.
Passo 3: Criar um Mapa de Rota Robusto
Agora é necessário desenvolver trajetórias específicas para o Net Zero. Assim que todos os dados de emissões de gases de efeito estufa forem coletados, existem diferentes modelos disponíveis e é possível usá-los para desenvolver cenários diversificados para datas alvo específicas. Basicamente, é possível prever uma trajetória de emissões alinhada com a visão da cidade. Nessa etapa, normalmente cerca de três cenários são propostos, sendo eles: um “como de costume”, outro para atingir as metas atuais de balanço líquido zero e o cenário ambicioso: “É possível atingir as metas mais cedo? Antecipá-las para 2030 ou 2035, em vez de 2050?”. A partir desse processo, dá-se início a identificação de diferentes ações que poderiam ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa para alcançar metas sólidas de balanço líquido zero.
Passo 4: Foco na sua lista de “A Fazer”
Então é hora de passar para a priorização das ações. Após desenvolver todas as trajetórias, é criada uma longa lista de ações potenciais que uma cidade poderia adotar para alcançar o balanço líquido zero. Claro, dificilmente é possível fazer todas elas, então é necessário priorizá-las. E como fazer isso? Começando a desenvolver diferentes critérios pelos quais pode-se avaliar e analisar as ações propostas. Por exemplo: “Quanto custa a ação? Quanto de emissões ela reduz? Quanto tempo levará para implementar?”. Portanto, existem diferentes critérios que são possíveis em usar para avaliação. Essencialmente, esse processo ajuda na seleção das ações de balanço líquido zero. E nesse ponto, normalmente recomenda-se que comece a envolver diferentes partes interessadas na cidade para validar essas descobertas antes de compilar a estratégia final.
Passo 5: Compartilhar a estratégia
O último ponto é reunir todas as descobertas dos quatro primeiros passos acima para desenvolver uma estratégia tangível, que deve fornecer um relato muito transparente de como a cidade desenvolveu suas ações de balanço líquido zero. Às vezes, é útil incluir um mapa visual, pois nem todos que leem a estratégia serão especialistas técnicos e é uma maneira muito envolvente de delinear quais serão as principais ações, os objetivos intermediários e a data em que realmente pretende-se atingir o balanço líquido zero. É recomendado considerar como monitorar e avaliar o processo de implementação do plano. Portanto, desenvolver diferentes indicadores para fazer benchmarking e garantir que esteja se aproximando das metas de balanço líquido zero.