No paisagismo e design biofílico, hoje, mais que nunca, é preciso perceber o espaço físico do escritório como um diferencial motivador à produtividade, bem-estar e sensação de pertencimento dos colaboradores, especialmente no pós-covid. Associar esses benefícios com uma visão de retorno de investimento e redução de custos operacionais foi o tema do Bate-papo promovido pela Corenet Blobal Brasil Chapter.
Assista na Integra o Bate Papo com os diretores da Vertical: Tema: Inovação, Tecnologia e redução de CUSTOS com PAISAGISMO DE PERFORMANCE
A recente pesquisa “Covid-19: como será o seu retorno aos escritórios”, realizada em julho pela consultoria KPMG com quase 800 executivos de todo o Brasil, sinalizou que a maior parte das empresas (34,90%) que planejou para este semestre o retorno do trabalho no escritório o fará agora, entre os meses de setembro e dezembro, envolvendo a princípio pelo menos 30% dos profissionais.
“Estamos sentindo na prática essa projeção, com um maior interesse de clientes corporativos, nos últimos meses, em reformular o escritório para receber colaboradores novamente no formato presencial”, diz Danilo Vilela, especialista em Design e diretor de marketing e inovação da Vertical Garden.
Segundo Danilo, muitos negócios estão repensando o escritório do ponto de vista da metragem e disposição das estações de trabalho, mas a preocupação agora, além de cumprir os protocolos de prevenção à Covid, deve ser também a de fazer com que o escritório passe a tangibilizar a sensação de bem-estar e acolhimento tão necessária aos colaboradores e à produtividade no trabalho neste momento.
O pós-covid19 sustenta reforça Paisagismo de Performance e bem-estar
“Muitas companhias devem adotar o formato híbrido, mesclando o home-office com o presencial. Assim, hoje, mais que nunca, o escritório deve ser um diferencial motivador, um ativo importante à sensação de pertencer a um time, de abraçar os valores da marca, capaz de fazer com que o profissional realmente queira voltar ao espaço físico e produzir ali”, diz Vilela.
A Vertical Garden assina diversos projetos, para empresas renomadas no país, como IFood, Grupo Madero, entre outras, cujo desafio é criar elementos que promovam e fortaleçam este vínculo de forma sustentável e efeitos benéficos ao comportamento do colaborador.
“Afinal, se no home-office é necessário fazer com que nossa casa absorva um pouco da atmosfera do escritório, o contrário também é uma verdade. Organizações mais conscientes desse movimento, como o Google, por exemplo, estabeleceram até mesmo o cargo de Chief Happiness Office (CHO) ou Chief of Wellbeing Office (CWO), responsável por articular com áreas de RH, Finanças e Infraestrutura estratégias e indicadores que mensuram o retorno de investimentos em ações de bem-estar para o negócio”, exemplifica Bruno Watanabe, paisagista fundador da Vertical Garden.
Métricas de redução de custos e performance no paisagismo pós-covid
Para ele, uma dessas estratégias é, sem dúvida, o paisagismo de performance, ou seja, projetos que apostam no uso do verde como um instrumento capaz de agregar valor ao negócio e influenciar a atitude e experiência do colaborador no escritório, e com o discurso da marca. “Um telhado verde, por exemplo, pode ajudar a tangibilizar o conceito de sustentabilidade, além de promover um melhor controle de temperatura, o que reduz custos e promove bem-estar; uma horta corporativa promove o senso de colaboração, uma vez que requer que todos cuidem das plantas em conjunto; privilegiar a luz natural também reduz custos e impacta diretamente no ciclo circadiano do organismo, ajudando na concentração e produtividade; investir em quadros vivos, ou em um jardim vertical influi na saúde das pessoas, pois pesquisas já comprovam cientificamente que o contato visual com plantas reduz a produção do cortisol, o hormônio do estresse, e regula a pressão arterial e os batimentos cardíacos. O verde é, na verdade, uma necessidade física da humanidade; a própria pandemia trouxe isso à tona”, diz Watanabe.
Para Vilela é preciso que as organizações passem a vislumbrar e mensurar o retorno que investimentos no espaço físico do escritório podem trazer ao negócio, a partir do maior engajamento e bem-estar do colaborador. “Muitas organizações ainda acreditam que esses investimentos são invariavelmente muito altos. Mas, no que diz respeito ao paisagismo, como estratégia de performance, isso não é verdade. Entre todos os recursos da arquitetura, decoração e design de interiores corporativo, o paisagismo é o mais customizável, e o que mais impacta sensorialmente o colaborador, contribuindo de fato para o bem-estar”, diz o executivo. Segundo ele, mesmo iniciativas simples, como o estabelecimento de floreiras, painéis vivos ou com plantas artificiais, ou um estudo de iluminação, já proporcionam benefícios aos colaboradores e, consequentemente, ao negócio.
“A verdade é que cada vez mais o paisagismo deixa de ser coadjuvante em projetos corporativos para ser o ponto de partida de mudanças no ambiente de trabalho”, diz Watanabe.