Tecnologia para prevenção de processos erosivos com economia. Você conhece a técnica de hidrossemeadura? Trata-se de uma técnica de plantio que utiliza uma solução específica, na qual se encontra uma mistura de sementes, fertilizantes, mulch de fibra de madeira, fixadores e aditivos. A aplicação é feita por meio de jateamento.
Em linhas gerais, essa mistura é colocada no solo. Assim, cria-se uma camada aderente e, também, de alta viscosidade, o que garante que a semente mantenha-se fixa no solo até que aconteça sua germinação completa. O processo de hidrossemeadura funciona muito bem em diferentes casos, como, por exemplo: recuperação e revestimento vegetal; contenção de taludes em terrenos difíceis; controle de erosão e grandes áreas de gramados.
Vale dizer que, em alguns casos, pode-se utilizar papel ou fibra de coco para fixação das sementes no solo. Porém, o que se observa na prática é que o mulch de fibra de madeira pode se adequar melhor no jateamento, permitindo aproveitamento mais satisfatório, inclusive no curto prazo, mesmo em condições mais difíceis do solo.
– Aderência total à superfície sem quaisquer folgas;
– Germinação e controle de erosão com melhores resultados;
– Alto rendimento e produtividade;
– Utilização de materiais 100% biodegradáveis;
– Possibilidade de implantação em grande escala;
– Aplicação mais veloz e prática;
– Custo-benefício mais vantajoso em relação a sistemas convencionais;
– Germinação das sementes com mais rapidez;
– Vegetação com excelentes níveis de desenvolvimento em até 45 dias;
– Trabalho mais seguro, já que não carece do picoteamento do solo;
– Eliminação rápida de riscos de erosão;
– Menor consumo na irrigação
Na prática, a hidrossemeadura funciona em três etapas:
Em primeiro lugar é feita uma análise inicial do terreno para entender as suas necessidades básicas, premissas e restrições. Feito isso, coloca-se no tanque do veículo de hidroplantio a solução específica, contendo sementes, fertilizantes, além de massa orgânica e corretivos de água e solo. Logo, o material é colocado no solo por meio de um jato de alta pressão que sai do caminhão. É dessa maneira que se forma aquela camada capaz de proteger o solo contra agentes erosivos que estão na superfície.
O sistema de hidrossemeadura permite uma vastidão de aplicações. Isso porque pode ser realizado para efetuar a cobertura de solos totalmente expostos e, também, drenados adequadamente em diferentes escalas. Seja taludes em áreas de projetos residenciais ou mesmo em grandes obras de infraestrutura.
Atualmente, existem diferentes técnicas que atuam no controle de erosão do solo e ainda na fixação da vegetação. Com um time de profissionais especialistas no assunto é possível fazer uma análise profunda de cada área de implantação a fim de que se encontre a melhor solução específica, segundo as necessidades de cada cliente. Isso serve para trabalhos considerados de alta inclinação, ou seja, até 60º, inclinações moderadas, até 45º, ou então em áreas consideradas planas, até 15º.
Por meio de técnicas de fixação variadas, consegue-se simplesmente acabar com quaisquer riscos de erosão de solos. E isso vale inclusive em áreas de grande declive.
– Empresas de engenharia de contenção
– Mineradoras
– Empresas de terraplanagem
– Construtoras
– Empresas de paisagismo e grameiras
– Concessionárias de rodovias
– Empresas de serviços de manutenção de rodoviária
– Empresas de logística ferroviária
– Obras de empreendimentos imobiliários, condomínios e urbanizadoras
– Engenheiros ambientais, biólogos e florestais
Com o avanço da tecnologia, nos dias atuais é possível implementar cerca de 4.000 m² de gramados em um dia de trabalho, tanto em taludes quanto em forrações. Com o intuito de diminuir as emissões de CO2 na atmosfera por conta de fretes e deslocamentos, consegue-se realizar processos logísticos eficientes e inteligentes a partir da introdução de sementes em mulch de fibra no lugar de gramas ou mudas.
Um dos pontos altos desse processo é a velocidade na aplicação. Isso permite o atendimento a grandes áreas, bem como fracionar o plantio em fases distintas e, claro, planejadas.
Por conta do corante natural que é colocado na mistura, a hidrossemeadura fica verde já no processo de aplicação, dando um ótimo aspecto ao terreno. Para se desenvolver do processo de germinação ao crescimento, a vegetação leva, em média, 45 dias. Importante ressaltar que o tempo pode ser maior ou menor, dependendo da chuva, irrigação, solo e até mesmo das espécies usadas.
Tanto em cortes como em aterros é desejável que a superfície do talude esteja a mais regularizada possível. O acerto e regularização podem ser feitos manualmente, buscando eliminar os sulcos erosivos, camada oxidada de solo (crosta), preenchimento dos espaços vazios e a ancoragem dos sedimentos soltos. As concavidades do terreno e as negatividades dos taludes devem ser removidas ou minimizadas, para evitar a formação de novos focos erosivos.
Sim, esse processo é importante. Após a regularização da superfície do talude e o sistema de drenagem estiver construído, inicia-se o preparo do solo, que consiste em efetuar o micro-coveamento, ou seja, covas pequenas umas próximas das outras e de profundidade suficiente, de maneira a reter todos os insumos a serem aplicados, como corretivos, fertilizantes, adubo orgânico e sementes. Estes insumos podem ser aplicados manualmente ou por via aquosa (Hidrojateamento de sementes). A quantidade dos insumos a ser aplicada deve ser previamente estabelecida pelo técnico responsável pelo projeto.
As gramas comumente utilizadas na hidrossemeadura são: grama Batatais, grama Bermudas e Pensacola.
Ainda não existem sementes desse tipo de grama produzidas em escalas comerciais com o grau de germinação necessária para a Hidrossemeadura. Outro ponto importante é que essas sementes têm uma dormência maior, e isso dificulta o processo de germinação.
A vegetação, sem dúvida, protegerá a superfície do solo contra erosões superficiais. Logo, a estabilidade do talude dependerá também de alguns fatores, tais como inclinação do corte, drenagem e, também, tipo de solo.
De um jeito ou de outro, as sementes germinarão. Mas, é importante salientar que se houver períodos de seca logo depois do plantio, a tendência é que a vegetação germine de forma mais vagarosa. Nesses casos, o ideal seria irrigar.