A essência do homem enquanto indivíduo está intimamente ligada à natureza. Somos parte do planeta Terra, nele respiramos, bebemos e comemos, tudo em estado permanente de conexão com mãe natureza. E a biofilia é o meio pelo qual é possível compreender o nível de envolvimento do ser humano com a natureza, às vezes maior, às vezes menor.
Antes de mais nada, é bom deixar claro que estar próximo à natureza, inegavelmente, faz muito bem às pessoas. O convívio com o verde proporciona uma agradável sensação de bem-estar, traz felicidade, reduz o estresse e eleva a autoestima das pessoas. Aliás, essa boa energia é comprovada pela ciência. Estudos mostram que o contato com o verde no ambiente corporativo, por exemplo, aumentam a produtividade e a criatividade.
Esse conceito de biofilia pode estar presente na sociedade de diversas formas, vejamos algumas possibilidades.
O que é Arquitetura Biofílica?
Hoje temos alguns nomes muito em moda para expressar algo que vivemos mas não percebemos, principalmente quando nos encontramos em espaços que nos conectam com a natureza. Esta relação extraída da palavra grega Bio = Natureza e Philia = Amor é que vem sendo buscada em diferentes conceitos na arquitetura.
A Biofilia aplicada na paisagem de espaços construídos ou mesmo em ambientes públicos, pode gerar uma sensação de acolhimento no usuário por meio da percepção olfativa, tátea, sonora e visual criando uma relação de pertencimento com o lugar.
Biofilia na cidade: Integrando Natureza e Urbanismo
Por certo, a cidade pode (ou deve?) incorporar a ideia de arquitetura biofílica. Cidades do mundo todo tem tomado iniciativas na direção de integrar ou mesmo aproximar as pessoas que vivem em centros urbanos da natureza. Nova Iorque é um caso. Há um projeto que pretende, até 2030, fazer com que um indivíduo caminhe apenas 10 minutos até encontrar um espaço público com verde.
A França que tem enfrentado problemas os níveis de poluição atmosférica e aprovou uma lei que obrigada os prédios comerciais a terem telhados verdes ou placas solares. Dá para notar que as políticas sustentáveis estão ganhando espaço por lá.
Outro caso interessante acontece em Singapura, onde moradores locais conseguem acessar parques que foram interligados por meio de passarelas elevadas, em um projeto de arquitetura bastante interessante. São cerca de 200 km de ligação da natureza com a cidade.
Em São Paulo houve a iniciativa da prefeitura que implantou um jardim vertical no corredor Norte-Sul e teve grandes avanços na lei de compensação ambiental. E como não lembrar da cidade do México que implantou mais de 60.000m² de Jardins Verticais pelos viadutos da cidade.
Timothy Beatley , autor do livro, “Biophilic Cities: Integrating Nature Into Urban Design and Planning“, o projeto biofílico tem aumentado nos últimos anos, particularmente nos edifícios que buscam integrar características naturais, como luz, ventilação e vegetação; no entanto, ainda estamos só no começo da canalização dos esforços nessa tendência nos grandes centros urbanos.
Porém não é apenas na esfera pública que a arquitetura biofílica ganha espaço. Residências podem se valer dessa importante conexão entre homem e natureza. Uma casa ou apartamento pode muito bem ser projetado com elementos capazes de promover essa integração, independente do tamanho.
Arquitetura Biofílica em projetos Residenciais
Os jardins verticais naturais – que fazem muito sentido em projeto de arquitetura e design no sentido de levar qualidade de vida e bem-estar aos lares – são casos típicos e ilustram bem esse caso. As plantas, quando bem alocadas, têm a capacidade de trazer benefícios práticos como resfriamento natural do ambiente, ao mesmo tempo em que garantem um visual único. É a velha história de unir o útil ao agradável.
Às vezes não nos damos conta, mas pequenos detalhes podem fazer a diferença quando o assunto é conforto. Por exemplo, as plantas para apartamento têm o poder de deixar os ambientes melhores, mais purificados, leves e agradáveis. Mesmo que tenha menos espaço, consegue decorar o ambiente e se aproveitar de todos os benefícios que que a Arquitetura Biofílica oferece com Arranjos de Flores ou Jardins Verticais.
Arquitetura Biofílica em Ambientes Corporativos
Da mesma forma, a lógica vale para ambientes corporativos. Introduzir a arquitetura biofílica de maneira sábia e equilibrada nas empresas só traz benefícios. Até porque, todo mundo ganha ao ter ao redor pessoas satisfeitas, produtivas e saudáveis, tanto as próprias empresas quanto a sociedade.
A iniciativa da corporação em adotar a arquitetura biofílica pode começar lá do lado de fora. Um jardim vertical na fachada, por exemplo, já é um bom começo ou mesmo um belo jardim de entrada. Além disso, integrar um jardim na laje de edifícios também surge como uma excelente alternativa.
Mas o interior também pode ser pensado de maneira a contar com o verde. Quadro verde é um outro produto que se adequa bem para um design biofílico, além das tradicionais e sempre bem-vindas flores. E, nunca é demais lembrar, as plantas preservadas (como árvores), bastante funcionais, podem ser uma ótima opção para as empresas, graças a sua praticidade na manutenção.
Conceito do Triple Bottom Line em empresas sustentáveis
Triple Bottom Line, também chamado em português de Tripé da Sustentabilidade ou 3P’s da Sustentabilidade, traduz o conceito de que a sustentabilidade precisa abranger aspectos ambientais, econômicos e sociais de forma integrada, para que os resultados de uma empresa sejam avaliados pelo mercado e pela sociedade de forma completa. Significado dos três P’s da sustentabilidade:
Planet (Planeta): corresponde aos aspectos ambientais;
Profit (Lucro): refere-se ao lucro das organizações, ou seja, seus resultados econômicos;
People (Pessoas): trata dos benefícios gerados para a sociedade em geral, as pessoas;
O conceito, criado nos anos 1990 por John Elkington, cofundador da organização não governamental internacional SustainAbility, preza por resultados mensuráveis e tangíveis, analisando o impacto das atividades da empresa, organização ou nação no mundo ao seu redor.
- Redução de custos: Economia decorrente da redução de água, energia e outros insumos.
- Economia de materiais: Otimização de recursos com a reciclagem, venda e aproveitamento de resíduos.
- Mix de produtos: Aumento da cartela de produtos com a inclusão de itens sustentáveis, renovação de portfólio, novas linhas de produtos, ampliação na participação mercado explorando outros segmentos, atendimento a novas demandas do cliente.
- Geração de receita: Aumento da produtividade, ampliação do negócio com o acesso garantido ao mercado externo, fidelização de consumidores, novas parcerias.
- Marketing: Estabelece uma boa imagem institucional, cria ótima relação com a comunidade e instituições da região, incentiva investimentos locais, proporciona novas oportunidades para a cidade.
- Clima organizacional: Melhora as relações de trabalho, estabelece alto comprometimento dos colaboradores, estimula a criatividade para novos desafios, melhora o clima interno com funcionários satisfeitos no ambiente de trabalho, e as possibilidades de crescimento pessoal e profissional.
- Inovação: Estimula a inovação, produtividade e capital intelectual e ajuda na retenção de talentos.
- Redução de multas e penalidades: Adequação aos padrões ambientais, diminui riscos socioambientais, melhora a relação com os órgãos governamentais, comunidades e grupos ambientais.
- Alta qualidade: Garante recursos de alta qualidade, além de contribuir com a melhora da qualidade de vida da população.
Se você quer saber mais sobre Arquitetura Sustentável, baixe nosso Guia do Jardim Vertical com técnicas de implantação e tipos de vegetação.